Bebê (tá bom… um pet): Quem tem um em casa, sabe bem o motivo de tê-lo adquirido. O pedido insistente e sofriiiido do amado filhinho (hoje adolescente). Na barganha, certamente se comprometeu de cuidar do mais novo membro da família com dedicação.
Não demorou muito e o bebê se tornou MEU filho mais novo e SÓ MEU!
Não que eu quisesse… foi inevitável; como um filho não-planejado que, mesmo assim, é muito amado, fui aos poucos entendendo a situação em que me meti.
Não bastasse prover comida, banho e, por que não, educação (!), funções básicas de “donos de bebê”. Fui orientada a também entretê-lo sob o risco de ele cair em depressão. Mas isso, só MÃES são capazes de levar a sério e logo incorporei a função adicional na rotina diária da família (ou na minha??).
Com o tempo, o convite “Vamo passeá, bebê!” passou a ser o motivo do maior alvoroço do bichano; Uma excitação louca toma conta deste ser enquanto uma surpreendente paralisação toma conta da família: ninguém se mexe, ninguém respira e, se der, ninguém se olha! É como ser abduzido, como ser pego com a mão na botija, é como… espalhar bolinho, sabe?! A verdade é que um suspense absoluto toma conta do ambiente para, segundos depois, cada um sair de fininho (o tal “espalha bolinho”) exclamando “eu não vou!!”, “tô fora!”, “agora não posso!”. É quando a cartada final ecoa sob o disparate de quase uma ordem amorosa “vai passeá, bebê!”.
Como se ele não dependesse de alguém para fazer isso!
Sem escapatória e de novo (essa cena já conheço) restamos só nós dois: a autora do “convite” (mascarando a função!), e o excitado bebê frente a frente junto à porta aguardando os minutos finais daquele momento tão esperado do dia para seguirmos para o que virou “nosso” passeio. Não sem antes eu reclamar o amor, a dedicação e o cuidado prometidos lá atrás quando o bebê chegou e escutar de longe, enfim, um irritante “Mãe, você é um saco!” ; neste momento, resignada, aceito o fato de ter-me tornado mãe também de um… cachorro!
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Pensando bem, esse filho pelo menos não passa pela adolescência; menos mal. Começo a crer que estou no lucro…
2 Comments
[…] Passear com o pet , por outro lado, é momento de introspecção e também encontros. Tarefa que vira passeio descontraído e por isso revigorante aguçado pelo cheirinho de pão saído do forno na padaria que, claro, não me esquivo de comprar: me jogo de vez. […]
[…] Filho, leve o Zac pra passear… ele, com certeza, tá sentindo sua […]