férias em família

Férias em família… parte 2

by Xila Damian

Férias em família: “Mãe, olha isso!”; “Mãe, vem aqui…” ;”Mãe, vamo jogá?”, “Mãe, vamo mergulhá!”… “Pô, mãe, me chama prá vir à praia e fica só na areia… não faz nada!”

Por vezes me ressenti das recusas de meus adolescentes. Meus habituais convites a programas que, até alguns anos atrás, nem precisavam dessa cerimônia toda para serem aceitos. Agora, de férias em família, notei que, depois dos malabarismos que um convite passou a exigir, o aceite dos meus adolescentes exige participação ativa no programa.

Isso me remete àquela célebre frase: “não basta SER MÃE,  tem que participar.” Síntese das férias em família.

Foi neste momento que reuni forças para deixar minha inércia revigorante (as mães sabem do que estou falando) para atender as solicitações de meus adolescentes. Ávidos por minha ativa participação no programa da hora:  “praia em família” que tanto me empenhei em convencê-los a participar.

Preguiçosamente deixei o aconchego da cadeira estrategicamente colocada debaixo da barraca de praia (ou guarda-sol, para quem não sabe o que estou falando) para atender os insistentes pedidos de participação. Arrastando os pés ainda pesados pelo súbito despertar, aceitei o convite-desafio de um mergulho. Depois de “jacarés”… Seguido de SUP (stand-up paddle) até finalizar o “round” com uma disputa de frescobol (“só para compensar o frio que está fazendo”,  argumentou). Ahãm…

Bem, que adolescente não sabe perder, já é sabido. Adicionado ao perfil de jogador de frescobol,  a diversão pode ficar tensa se a dupla não der sequência às jogadas cada vez mais ousadas que vão sendo aplicadas.

Passado o período de aquecimento (na verdade uma desculpa para justificar os repetidos erros iniciais), a sequência de bolas caídas e interrupções de jogadas transformou a brincadeira em disputa de final de campeonato.

Pronta para voltar ao aconchego da sombra deixada com contrariedade, o clima mudou. Sem dó nem piedade, meu adolescente se irritou e logo lançou “mãe, dá prá jogar?!”. Ainda que temerosa, mas apostando em alguma sobra de comiseração (ou um mínimo de reconhecimento pelo esforço), respondi “Filho, vamos parar um tempinho?! Retomamos daqui a pouco…” E sua reação (previsível) se confirmou:

” Mãe, você não faz nada na praia! Só fica aí deitada no sol conversando…mãe, você é um saco!”

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Moral da estória: não importa o que você, mãe de adolescente, faça/esforce em fazer; por um bom tempo, sua frase favorita ecoará diaria e naturalmente sob qualquer circunstância. Até nas férias em família, quando ele te quiser por perto.

7 Comments

  • Karina de Andrade 15 de janeiro de 2017 at 12:29

    Ai Xila..! Consigo imaginar a cena! O pior é que a adolescência demora a passar viu? A minha tem 19 e continua tendo seus momentos! Adoro seus textos!

  • N. Damian 12 de janeiro de 2017 at 15:45

    Xirim, é incrível como seus textos me fazem reviver a adolescência dos meus. É td igual!!!!!!

  • Marcia Barros 9 de janeiro de 2017 at 23:43

    Xila querida, você realmente tem o dom da escrita: me transporta para as situações e me faz dar muuuuuitas risadas !!! Parabéns ☆☆☆☆☆

    • Mônica 10 de janeiro de 2017 at 11:34

      Xila,

      Acho que a adolescência anda acontecendo um pouco mais cedo lá em casa…. rsrsrs. Adorei.

      • xilaadmin 12 de janeiro de 2017 at 21:32

        é a continuação mesmo… não se engane. Rsrs bjs

    • xilaadmin 12 de janeiro de 2017 at 21:31

      Quem sabe dessa forma continuamos nossos papos e risadas lendo?! O que é a tecnologia, não?! Gde bjo!

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